No texto de hoje falarei de umas das coisas mais temidas por adolescentes de várias temporadas, de todas as gerações: o amedrontador tédio. Sorrateiro, inesperado, malandro e meticuloso (ou muito mal). Sem golpes, sem gestos, sem palavras, às vezes por silêncio, por não ter o que fazer; às vezes por fazer a mesma coisa por muito tempo, e repetidamente por várias vezes (olha só!).
Em algumas pessoas ele ataca o cérebro e ficam pirados, pensam bobagens de tanto tédio. Eu fico muito ansioso entediado. O tédio engorda. Essa expressão de tédio quem inventou é um sacana, fidalgo. Por favor, se inventou essa palavra, descobrimos o significado e depois parece que ela persegue você! Ela é um problema jovem e social que aflige vários cidadãos brasileiros, e de vários países, ainda mais na Micronésia. Alo minha presidenta, alo meu Tio Genro, não pode ser assim. Atividades aos domingos já, aos sábados chuvosos e frios. Que vidas teremos, que curtição, somos jovens, queremos sair.
Mas, se barrarmos o tédio não pode ser sempre a mesma atividade, ou o mesmo lugar, mesmas pessoas, mesmas piadas, variemos: Fim de semana é praia com amigos. No segundo será um churrasco com mais amigos. E no terceiro uma balada, com os amigos da praia, mais os do churrasco e com as amigas ou amizades, que faremos lá na hora. Sem trampo, sem obrigações só aproveitar. As aulas durante os cinco dias de tortura que vivemos cada semana. Que em si são ótimos por que nos ocupamos, e se for legal paqueramos um pouco (paulistas que adoram a palavra “paquerar”).
Se for matar o tédio me convide, não imaginam o quão estou agora. Mas é divertido, escrevo para vocês e vocês amenizam o que ele tá fazendo ai. Façam uns exercícios, conheçam pessoas novas, monte uma canoa, escale o telhado, vá viver um pouquinho, deixe o computador descansar, se for capaz. Fica ai a mensagem de hoje!
Bola de Conhecimento, 2010.